Se você quer saber o que é circular em meio à banda de rock mais perigosa do mundo, acompanhe Tony Sanchez nessa montanha-russa caótica com os Rolling Stones. Em Eu fui traficante do Keith Richards, esse fotógrafo-guarda-costas-faz-tudo conta, com riqueza de detalhes, o que aprontou com os Stones entre a segunda metade dos anos 1960 e boa parte dos 1970. Particularmente, com dois dos integrantes mais alucinados – primeiro, com Brian Jones; depois, e por mais tempo, com Keith Richards. Massagear seus egos atendendo os pedidos mais absurdos possíveis e alimentá-los com quantidades retumbantes de drogas eram parte de suas atribuições.
Neste livro de memórias, Sanchez conta como foi viver a 200 quilômetros por hora para acompanhar de perto a espiral de insanidade em que mergulharam Brian e Keith. Sem poupar ninguém – nem a si mesmo –, narra histórias capazes de colocar qualquer mortal atrás das grades por um bom par de anos. Mostra, do alto da fase mais espetacular dos Stones, como Keith, que em pouco tempo pulou das ruas da classe trabalhadora de Londres para as suítes dos hotéis mais caros do mundo, enxergava tudo lá de cima. E como o guitarrista desprezava qualquer coisa que lhe remetesse a uma vida ordinária. Nem que para isso fosse necessário, muitas vezes, se atirar no abismo.
Tony Espanhol, como era chamado pela banda, afirma nunca ter sido traficante, pelo menos até conhecer os Stones, mas que sabia exatamente onde encontrar qualquer coisa, “desde um saquinho de erva até uma submetralhadora Thompson”. Foi essa versatilidade, garante, que o transformou em um elo de ligação entre a cena do rock e os subterrâneos de Londres. “Embora eu morresse de medo de que esse papel me metesse em alguma encrenca mais grave, era jovem e puxa-saco de artista o suficiente para concluir que os riscos valiam a pena em troca da camaradagem com gente como Brian Jones”, registrou.
Keith tentou intimidá-lo para que não lançasse este livro, e as coisas quase acabaram mal para Tony no último encontro entre os dois. Felizmente, Espanhol foi malandro o suficiente para se safar e publicar o documento mais franco e corajoso sobre uma banda de rock em seu auge. “Você deixaria sua filha se casar com um Rolling Stone?”, provocava Andrew Loog Oldham, empresário da banda, lá no início da história do grupo, usando a fama de delinquentes dos garotos como marketing. Sanchez foi além: se tornou quase um deles. Chegou perto demais do sol, mas sobreviveu para registrar essa jornada feita de paixão e loucura.
Leia no volume máximo.
FICHA TÉCNICA:
Eu Fui Traficante do Keith Richards
Autor: Tony Sanchez
Tradução: Letícia Lopes Ferreira
Prefácio da edição brasileira: José Júlio do Espírito Santo
Ilustração da capa: Paula Villar
Editora Sapopemba
ISBN: 978-65-81299-01-9
Lançamento: 2024
Formato: 14 x 21, 448 páginas
1 x de R$90,00 sem juros | Total R$90,00 | |
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